18 de jul. de 2011

Querido Deus, a única coisa que peço a você é que cuide dele enquanto eu não estiver por perto.

14 de jul. de 2011

Sim, dói. Mas procuro não demonstrar :s
Não preciso de modelos Não preciso de heróis Eu tenho meus amigos. (Renato Russo).


E me dá uma saudade irracional de você. Assim, do nada. (Caio Fernando de Abreu)



Eu sou feliz de tanto que já fiquei triste.


Não importa a distancia entre duas pessoas, há sempre o céu que as une.
O ideal é ser feliz e não perfeito.


Sorria, mesmo estando derrubada.Melhor cair uma vez do que continuar no chão.



É estranho sentir saudade de algo o qual mal vivi ou evitava viver.



Não suporto tentações, pois caio em todas elas.



Que minha solidão me sirva de companhia
que eu tenha a coragem de me enfrentar
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo


Lembrou-se de como era antes destes momentos de agora. Ela era antes uma mulher que procurava um modo, uma forma. E agora tinha o que na verdade era tão mais perfeito: era a grande liberdade de não ter modos nem formas.


E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar.


Mas lembrar-se com saudade é como se despedir de novo.


É necessário abrir os olhos e perceber as coisas boas dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem osdesejos de razão.

Viver...



Todas as manhãs ela deixa os sonhos na cama, acorda e põe sua roupa de viver.


Ela estava triste. Não era uma tristeza difícil. Era mais comouma tristeza de saudade. Ela estava só. Com a eternidade à sua frente e atrás dela. O humano é só.


Pois lembre-se de que é quase impossível ter gestos suaves
quando a alma está rígida.


Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.


A violeta é introvertida e sua introspecção é profunda. Dizem que se esconde por modéstia. Não é. Esconde-se para poder captar o próprio segredo. Seu quase-não-perfume é glória abafada mas exige da gente que o busque. Não grita nunca seu perume. Violeta diz levezas que não se podem dizer.


O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secretodas coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.


O medo sempre me guiou para o que eu quero. E porque eu quero, temo. Muitas vezes foi o medo que me tomou pela mão e me levou. O medo me leva ao perigo. E tudo o que eu amo é arriscado.


Quando se sente amor, tem-se uma funda ansiedade. É como se eu risse e chorasse ao mesmo tempo. E vem o medo, que essa felicidade não dure.

12 de jul. de 2011

Encruzilhada


Espinhos, encruzilhada. Você. De novo? Sinto de repente um vazio, mas tão rápido que penso não ter sentido. Acordo, durmo. Vida normal. Não te direi nada. O estômago embrulha. Corro, fecho os olhos, me entrego a outros sentimentos. Cheiro as novas rosas. Percorro um infinito distante. No final, vejo sua sombra. Vejo a minha sombra. Ela está mudada.

Creio, sorrio e sei que algo aconteceu. Mudo de opinião quase tão rápido que penso não ter sabido de nada. Pertenço às minhas emoções, causo desconforto, peço perdão, perdão pelo quê?
Os espinhos estão na minha cama, não posso me deitar sem antes ter um ferimento. Corro de novo, sem ter repouso fixo. E só paro, bem cansada naquele mesmo paradeiro de antes. Agora segura novamente. Penso não ter visto nenhum espinho. Será que houve mesmo algum?

Verdades;


Ter medo é normal. Omitir as suas próprias verdades é quase que rotineiro, mas ainda sim, sempre saberemos quem somos, e não há diferenças entre saber e não deixar ser sabido. Ainda que você esconda suas profundezas particulares, em algum momento você deixa escapar suas intenções, seus reais ideais, suas culpas, seus arrependimentos.
Você é o que você é, e isso é o que vai te perseguir, como sua sombra. O que você sente, o que você faz, o que você fez, e o que você acredita, mesmo que secretamente.
Não acreditar no amor, por exemplo. Isso não vai te livrar de senti-lo. Encare. Um dia isso vai acontecer com você. E por mais que você dê outros nomes para encobrir esse sentimento, você saberá que é amor. Você acabará por agir como alguém que ama, e mesmo que ainda diga não acreditar, viverá esse sentimento.
Omitir um fato, não te livrará dele, nem muito menos o fará não ter acontecido. Nem mesmo contá-lo o fará menos pior, ou desfará o acontecido. Cada página virada é uma página lida, uma memória. Vira-la é a única opção, mas depois de lida, não pode ser apagada.
Perdoar não significa fechar os olhos e passar uma borracha no passado. Perdoar é saber conviver com o erro, tolerar. Mudar diante disso, e com isso, aprender a lidar com cada tipo de pessoa. Aquele que volta à estaca zero diante de um perdão, é um tolo, e ainda sabe que estará diante desse perdão novas vezes, quando voltar aos mesmos erros.
Sábio é aquele, raro, autêntico. Que diante dos sentimentos mais vergonhosos e talvez até um pouco humilhantes, esquece de vez o orgulho, o pudor e assume sinceramente o que faz seu coração disparar. Seja por medo, por amor, por culpa, por prazer, por insegurança. Este simplesmente não está afim de ser julgado por ninguém mais do que ele mesmo, e está fazendo a sua própria vida acontecer diante de suas próprias regras. Afinal, fugir de uma realidade só a torna mais cansativa, mas nunca a faz desaparecer.

Ser quem eu sou !


Eu não quero viver a vida de outras pessoas. Não quero ficar me perguntando como teria sido, e o que eu teria sentido.
Não quero viver da experiência de outras pessoas. Não formarão nada em mim. Nãoacredito que o meu destino é igual ao dos outros, e, por isso, sempre correrei atrás das minhas próprias expectativas. Transformá-las-ei em realidade.
Eu não vou viver para sempre. Eu não quero ter medo de mim. O que eu sonho é parte do que eu sou. E o que eu vivo, é o que eu sou por inteiro. E eu quero ser inteira. Quero ser parte desse mundo, fazer acontecer o meu sorriso, e aqueles sorrisos e instantes que forem provocados por outras pessoas, quero que sejam realmente meus.
Eu sei que muitas coisas que eu planejo, não vão ser do mesmo jeito que eu imagino. Mas eu já não tenho medo de cair. Nem do alto. Eu não tenho mais medo de dar errado. Dar errado pode ser a única forma de dar certo.
Agora eu sei que com o pequeno intervalo que eu tenho entre a vida e a morte, eu tenho as únicas chances de realizar o que está escrito para mim. E pode parecer perigoso, mas eu aprendi que é preciso coragem.

Ah, o amor;


O amor. O amor não te obriga a se jogar de um penhasco. Não te faz voar, nem mesmo te dá super poderes. O amor é um sentimento calmo. É um sentimento nobre, que envolve fatores tão simples, que quase não dá para perceber quando começamos a amar alguém. É como se fosse um vírus se instalando aos poucos e demonstrando estar ali, depois de um certo tempo. Mas esse amor não vai te deixar louca. Isso é outra coisa.
O amor só vai te fazer sorrir ou chorar. Sem outros termos. O amor é puro. Mão na mão, olho no olho. Sorriso pelo outro sorriso, ou por um gesto, uma mania esquisita. A falta silenciosa que te faz.
Esqueça o que você ouviu sobre amor a primeira vista. O amor é o conhecimento, é o reconhecimento, é a presença e a saudade. O amor não tem nada a ver com o físico, nem com o impulsivo. Menos ainda com o que te impressionaria à primeira vista. O amor se descobre quando você vê que só aquela pessoa poderia te entender em tal momento, estar do seu lado. Quando a única pessoa que você gostaria de dividir suas emoções é aquela. Tem mais a ver com a sensação que a pessoa te causa, com o cheiro que ela deixa no ar, com a tranqüilidade que a mão dela passa sobre as suas. Com o toque acolhedor que seu ombro tem sobre sua cabeça.
O amor está longe de ser aquilo que você vê em novelas, e muito longe de poder ser descrito. Simplesmente muitos confundem paixão com amor.Na paixão sim, seus impulsos ficam mais aflorados e tudo é oito ou oitenta. Alias, eu falei em oito? Só existe oitenta. É quando você vê e as pernas balançam. É quando você se jogaria do tal penhasco e quando você sente aquele baque a primeira vista. Eis a paixão. Sempre confundindo as nossas cabeças.
Voltando ao amor, esse se complementa com a paixão. Mas ainda sim, sobrevive separadamente, ao contrário da paixão. Que acaba tão rápido, junto com o que poderia atrair fisicamente ou outro fator qualquer. O amor nunca acaba. O amor se rejuvenesce e é seguro. Não há contratos, ou prazos de validade. Quando o amor é puro, por mais livre que seja, acorrenta.
As pessoas vendem o amor, tentam fazê-lo parecer mais interessante, mais provocante do que realmente é. Não compre essa mensagem. Deixe-se sentir o amor como aquela brisa leve que também te faz sentir frio. Afinal o amor está incluso nas suas ações e reações diante de certas pessoas, ele te confunde, ele se esconde. Mas não se esqueça, ele também se encontra.

Insuperável;


Acostume-se. Existem coisas insuperáveis. Não que você não vá se reerguer diante delas, nem que você não vá conseguir dar a volta por cima. Você só simplesmente não vai superar. Não por completo. Sempre haverá uma ausência, uma falta e um sorriso quebrado.
Acredite. Isso não te faz fraco. Isso sim te faz forte. Ainda que não tenha superado um acaso, ainda que não esteja total e completamente satisfeito com uma situação, arrumar um meio de ser feliz, por um outro caminho, com uma outra alternativa. Afinal, talvez deixar o incurável em segundo plano, talvez seja a única opção.

Coincidência..

Sempre fugindo. Correndo pra trás mesmo querendo estar à frente. Sempre com medo. Sempre tão relutante contra si mesma. Sempre tão contraditória. A fuga, a melhor solução. Encarar a si mesma sempre foi o mais difícil. Se esconder debaixo de suas cobertas era cada vez mais prático, rotineiro. Mesmo quando tudo parecesse tão certo, ainda sim haveria aquela adrenalina correndo em suas veias, então, a única medida tomada, seria mesmo virar as costas, não dar adeus a ninguém e partir, quase que correndo, atropelando os próprios sentimentos. Até esbarrar com você.
Sem aviso prévio, quase que se desculpando apenas por correr. Quase te ferindo com seu passar tão depressa. Sem um olhar fixo. Uma pequena pausa para repouso finalmente. Apenas por um esbarrão. Coincidentemente ficaria parada ali, por muito tempo.

Ultimo gole;



Tomei mais um gole daquela paixão. Jurava ser o último. Já estava completamente embriagado daquilo, que eu dizia já não estar mais correndo no meu sangue. Estava tonta e já nem mesmo sabia como voltar para casa. Os vultos não criavam formas, as falas estavam todas tão misturadas. Perdi o controle de mim mesma e só ouvia os ruídos aleatórios. Estava só. Aquilo se tratava de você, estava aos poucos tomando do teu amor, que me envenenava e me embriagava sem perceber. Estava aos teus pés, e quando acordei, nem sabia mais onde estava. O pior de tudo, é que isso não passaria no dia posterior, nem depois quando eu acordasse

Realidade e Ficção;


As vezes sai tudo como o planejado, e então é hora de comemorar. Mas é preciso compreender quando estiver tudo pelo avesso. É preciso ter postura e se dedicar a melhorar aquilo que implica com teu ideal. Precisamos sair da rotina, buscar o que houver de mais inovador, para que, possamos trazer à nossa realidade, a ficção. Algo que só nos pareceria possível nas telas enormes do cinema. Com um pouco de imaginação e disposição, parece mais fácil montar novas circunstâncias. Não queremos ser óbvios, contrapartida, escondemos o que temos de mais ousado, e com isso acabamos por não realizar nossos sonhos, e parecer tão sem identidade, tão comumente insatisfeitos com a monotonia que nos parece imposta. Tudo por uma ilusão de que, o conservador é mais seguro, e que o futuro, é algo a se temer.

Palavras



Palavras são tão tendenciosas. Trazem-te a uma realidade em que você mesmo não crê. Enganam-te tão facilmente que nem parecem terem sido proferidas por si mesmo. Palavras nos enganam o tempo todo. Fogem, armam armadilhas, sentem por ti um sentimento que não existe. Afinal, palavras são só palavras, não são contratos nem assinaturas. Não têm um prazo de duração. Assim você pode ‘dizer’, ‘desdizer’, ‘re-dizer’, e enquanto se arrepender, ir mudando entre o dito e o não dito. Palavras são o que você quer, não o que você tem. Você pode dizer um mundo e não sentir um só país.

Impressões;


Corra, percorra, trace o seu caminho. Faça saberem que você passou por ali. Deixe pegadas. Deixe seus rastros, faça questão de deixar seu perfume em cada um que te abraçar. Faça-se notório, faça-se lembrado. Acredite, sempre vai ter alguém que vai parar e pensar nas coisas bobas que você disse, no seu sorriso sem jeito, e vai sorrir com isso. Cause boas primeiras impressões. E se não causar, force a segunda. Não para agradar, mas para mostrar o que tem de melhor, marcar pelo lado bom. Conheça-se por inteiro para permitir que os outros conheçam a parte que tem convém. Apaixone. Não apaixone-se antes de apaixonar aos outros. Cative, faça a diferença. E se quiser ser detestável, faça isso com doçura. Faça quererem saber por que, irritantemente está sempre com o sorriso estampado no rosto, e por que as críticas não te fizeram chorar. Seja detestável a quem merecer, mas não faça disso seu objetivo, se não você pode acabar se detestando também. E lembre-se sempre que é mais fácil cultivar flores no sorriso de alguém do que espalhar ervas daninhas em corações.


 Estava andando em direção à biblioteca, até que parei para pensar nos motivos que tinham me levado a fazer aquilo. Não encontrei nenhum bom o suficiente, mas também não encontrei nenhum que me fizesse desistir daquela loucura. Talvez eu fosse mesmo masoquista, talvez eu gostasse mesmo de sofrer. Não importa. Depois que encontrei aquele bilhete no meu armário, me pedindo para ir a biblioteca no intervalo entre as minhas aulas de química e biologia, eu não pensei em não ir. Eu sabia que iria, seja qual fosse o preço que eu tivesse que pagar depois - e eu sabia que seria alto. 
 Parei diante das portas da biblioteca, respirei fundo duas vezes, tentei acalmar os batimentos acelerados do meu coração - sem sucesso - e entrei. Ele estava sentado em uma mesa vazia, no canto mais distante da sala, perto das fileiras com os volumes mais antigos que a biblioteca tinha. Não hesitei e fui na direção dele, tinha que acabar logo com aquilo. Parei diante da mesa, de frente me pra ele, e fiquei de pé, então disse:
 - É melhor ser rápido, minha próxima aula começa em menos de 10 minutos. 
 Ele me olhou direto nos olhos, sério, durante alguns instantes, e eu não desviei o olhar. O rosto dele estava completamente sem expressão, eu esperava que o meu estivesse tão sem expressão quanto o dele. Até que, finalmente, ele disse:
 - Certo, eu acho que mereço toda essa sua frieza...
 - Você acha? - eu perguntei, sarcasticamente, interrompendo-o. Ele me ignorou.
 - E entendo que esteja com raiva. Não vou dizer que estou certo, porque não estou. Também não espero que você me perdoe tão facilmente, mas eu tinha que te dizer isso. Eu preciso que você saiba a verdade, independente de se você acredita nela ou não. Eu só preciso tirar esse peso dos ombros. E por mais que eu queria que tudo volte a ser como era antes, sei que isso não vai acontecer - ele respirou fundo e me olhou, esperando que eu dissesse alguma coisa. 
 - Bom, ainda bem que você sabe que, independentemente do que você disser, não vai mudar o fato de que você já fez a burrada e não vai mudar como eu me sinto ou o quanto eu sofri e estou sofrendo. Então, vá em frente.
 Ele respirou fundo de novo e, por um segundo, achei que fosse chorar. Mas ele se recompôs e disse:
 - Ok, vou direto ao ponto: não fui eu que a procurei, não fui eu que foi atrás dela. Foi ela que começou a dar em cima de mim, ela armou tudo desde o começo. Ela queria separar a gente, e conseguiu. Não estou dizendo que também não sou culpado, isso não anula o que eu fiz. Porque fui eu que cedi aos... - ele parou um segundo e pensou numa palavra melhor do que a que tinha em mente - àsinvestidas dela. Eu sei, ela não me obrigou a nada, eu que fui estúpido e imbecil, e por esse meu erro, eu perdi você. E não há nada do que eu me arrependa, ou vá, me arrepender mais. 
 Agora ele decididamente estava quase à beira das lágrimas, sua voz foi ficando cada vez mais esganiçada à medida que ele ia falando. Precisei de um minuto para me controlar e não acabar desmoronando em lágrimas também. Respirei fundo pela milésima vez naquele dia e disse, numa voz que transparecia mais segurança do que a que eu realmente sentia: 
 - Espero que você não ache que isso muda alguma coisa. Não importa quem começou, o que me importa é o que você fez. E você me traiu. Com a minha melhor amiga. E assim, além de me tirar você, você ainda acabou com a minha amizade com ela. Ou ela acabou, se o que você diz é verdade. Mas só o que eu sei, é que eu não me importo mais. Isso não muda nada. 
 - Sim, eu sei que isso não muda nada, mas, amor, tenta entender... eu amo você. Só você. Sempre amei. Por favor, me desculpe - agora ele já tinha perdido o controle, algo incomum nele, e estava chorando.
 - Era só isso que você tinha pra me dizer? - perguntei.
 - Sim, amor, por favor... - ele se levantou.
 - Então você já disse tudo. E eu já ouvi. Acabou. Tchau, já estou atrasada. - me virei e quase abri a porta quando me lembrei e disse mais uma coisa:
 - E não me chame mais de amor. 
 Abri as portas da biblioteca e fui para a aula de biologia. E as lágrimas que não irromperam durante toda a conversa, de repente começaram a jorrar.

NOT MYSELF TONIGTH;



 Levantei da mesa e ia pegar mais uma bebida no bar, mas, antes, perguntei:
 - Alguém aí vai querer mais uma bebida?
 Todas olharam para os seus copos pela metade, mas somente o da Lucy estava quase vazio, então ela disse:
 - Acho que vou querer mais uma, pode trazer pra mim, por favor?
 - Claro.
 Fui em direção ao bar e pedi ao garçom mais duas bebidas, e enquanto esperava, fiquei observando o ambiente ao meu redor. Eu estava numa das boates mais badaladas da cidade, acompanhada das minhas melhores amigas, mas de nenhum homem - não que isso fosse ser um problema por muito tempo. A música tocava bem alta - e ia continuar a tocar até que o último cliente saísse, o que, provavelmente, seria bem depois do sol nascer e, eu esperava, eu também seria um desses clientes - e muitas pessoas estavam dançando na pista. E eu já estava planejando me juntar a elas na pista de dança, quando lembrei das bebidas. Me virei e perguntei pelo meu pedido, o garçom, nervoso, disse que já estava acabando. Cerca de 3 minutos depois eu já estava de volta na mesa, entreguei a bebida da Lucy, que murmurou um agradecimento, e então eu disse:
 - Ei, vocês não vão dançar? Qual é, vocês estão muito desanimadas hoje. E eu quero me embebedar e dançar até cair. 
 A Bia olhou pra mim com sarcasmo e disse:
 - Você tem certeza que está bem? Juro que não estou te reconhecendo.
 - Eu não sou eu mesma hoje à noite - eu disse, rindo. - Enfim, vocês vão ou não?
 A Lucy e a Nanda levantaram da mesa e foram comigo para a pista de dança, justo quando uma música lenta começou a tocar. 
 - Ah, não, eu quero dançar de verdade - disse a Nanda. 
 - Relaxa, pode deixar que eu resolvo - eu disse, e fui na direção do DJ. Chegando lá, me inclinei para ele, que me analisou dos pés à cabeça enquanto eu me aproximava, e disse: 
 - Será que você poderia colocar uma música mais animada? Eu e minhas amigas queremos dançar - e apontei com o dedo na direção onde a Lucy e Nanda estavam.
 - Sem problemas, gata.
 Sorri para ele, agradeci, e voltei para onde as meninas estavam. 
 - Problema resolvido - eu disse, quando uma música bem mais animada começou a tocar. Então tratei de começar a fazer o tinha me arrumado a noite toda para fazer: dançar. Dancei muito. Até que senti alguém com a mão na minha cintura e sussurrando: 
 - Posso te acompanhar nessa dança? - disse uma voz grave e sedutora.
 Olhei para o dono da voz e me surpreendi com o quão bonito ele era, sorri e disse:
 - Claro, se você conseguir. 
 E foi aí que eu senti que a noite estava só começando.